Linha 18 - Bronze irá facilitar a vida de usuários da CPTM no Grande ABC
- Luiza Lemos
- 3 de mai. de 2019
- 3 min de leitura
Decisão do governo de São Paulo sobre o modelo de transporte será decidido até o fim do semestre
Até o final do primeiro semestre, o Governo do Estado de São Paulo irá anunciar o futuro da linha 18 Bronze, que irá ligar o Grande ABC a cidade de São Paulo, com estações desde o bairro Alvarenga em São Bernardo do Campo até a estação Tamanduateí, componente da linha Verde e Turquesa do metrô.

A nova linha, que passou por diversos estudos, problemas e ainda não saiu do papel, mesmo com a data de entrega programada para 2018, finalmente terá uma definição e trará diversas mudanças para a população a partir de abril, com a decisão do modelo de transporte a ser utilizado no sistema. Para os usuários, fica a expectativa que a nova linha, independente do modelo decidido, irá mudar completamente a mobilidade da região metropolitana de São Paulo.
Um dos meios estudados pelo governo paulista é o BRT, o veículo leve sobre rodas, usado na cidade do Rio de Janeiro. Para Fábio Zahr, gerente de implantação de obras do consórcio VEM ABC, responsável pela implementação do monotrilho na região, “com todas as obras complementares de um possível BRT iria sair mais caro do que o monotrilho que é um transporte de alta capacidade, além de ter menos riscos de acidente e desafogar o trânsito”.
Para o jornalista especializado em mobilidade urbana Adamo Bazani, a linha 18 trará muitas vantagens para o usuário, pois o trajeto “vai passar por uma área onde grande parte não é servida por meios de transporte de alta ou média capacidade, por um caminho fora dos grandes meios de trânsito”. Mas o jornalista também aponta que há uma parcela de especialistas em mobilidade urbana afirmando que o gasto de um possível monotrilho para uma distância de 16 quilômetros é muito grande, para transportar quase o mesmo nível de pessoas que um BRT iria atingir.
O professor de transporte e meio ambiente da UFABC, Humberto Júnior, esclarece que o transporte a ser escolhido depende da demanda, mas que o BRT é mais barato apesar de todas as obras necessárias, “ dependendo do traçado é bem mais rentável”. Tudo depende da decisão do governo do estado de São Paulo.
Fábio Zahr confirma que com a nova linha, os benefícios para a população serão diversos, desde um menor tempo de viagem e segurança para quem anda de transporte público, além de modernizar o entorno das cidades atingidas .Segundo ele, em até três meses após a decisão do governador as obras irão começar, sendo entregues em até quatro anos para o Grande ABC.
Uma das maiores reclamações da usuária da CPTM, Victoria Roman é que “em horário de pico é humanamente impossível você não passar por uma situação inconveniente, é muita gente e eu preciso de mais de um transporte para chegar em Tamanduateí” ela também reclama que “é impossível você ir confortável e ficar bem nas estações”. A linha Bronze 18 seria uma segunda opção prática para ela “eu moro bem perto da divisa de São Bernardo, se eu conseguisse pegar o monotrilho perto de casa e chegar rápido na Tamanduateí, seria ótimo”.
As obras da linha 18 bronze estão planejadas para começarem em maio e previstas para serem entregues em pelo menos quatro anos. A decisão do governador João Dória de trocar ou não o modelo de transporte não irá influenciar no planejamento da VEM ABC, só irá mudar o modelo do contrato realizado pelo governo do estado.
Reportagem originalmente publicada no Rudge Ramos Online:
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